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Marca das criações e trabalhos de Manoel Nerys

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

LOGO DA ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL 2021_ DIOCESE DE COARI AM.



LOGO DA VI ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL DA DIOCESE DE COARI AM.

Desenho da Logo da Assembleia da Diocese de Coari-2021 por Manoel Nerys



A Logo da VI Assembleia Diocesana de Pastoral da Diocese de Coari-Am, é inspirada no tema deste ano "Numa Igreja Sinodal, construindo juntos novos caminhos para a Evangelização". A Imagem traz ramos e folhas da fauna amazônica que fazem o pano de fundo para a figura do povoado da Diocese, indica que está estampado em nossa caminhada de fé o compromisso de cuidado com a casa comum, com os bens da criação.

Uma linha cruza no horizonte do desenho: é a linha imaginária que determina a altura dos olhos de um observador em relação à linha de terra. Quando ele preparava os céus, ali estava eu; quando traçou o horizonte na superfície do abismo (Provérbios 8,27). A Diocese, representada pela catedral de Coari ao centro ladeada pelas moradias, está diante do nosso olhar esperançoso de poder vislumbrar novos caminhos, com nossa força das igrejas particulares de cada paróquia, animadas pelo Espírito Santo, representadas pelas canoas, para uma evangelização mais dinâmica e liberta das amarras que a pandemia nos impôs.

As canoas estão ancoradas em frente a Catedral, simbolizando a convocação de uma Igreja Sinodal que reúne sua base para refletir a caminhada, ver a realidade juntos, discernir os rumos da sua ação pastoral e celebrar a vida como Igreja da Comunhão. “E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos.” (João 11:52)

As canoas também nos lembram as vocações que atenderam ao chamado do Senhor e se colocam a serviço da Igreja. Lembram o clero diocesano, as comunidades religiosas que ajudam na missão Evangelizadora de nossa Diocese.

O Sol e os Arabescos circular: Os formatos com desenhos geométricos contínuos em volta do desenho circularmantém a harmonia dos elementos a partir da natureza concêntrica que a transforma em um símbolo de unidade, eternidade, totalidade.

“Graças à ternura e misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente, que há de nos iluminar e dirigir os nossos passos no caminho da paz.” (Lucas 1,78-79)

A Catedral está no centro do círculo que surge na linha do horizonte, lembrando que a Igreja vive a cada novo dia a missão de irradiar a grande Luz que é o Cristo Sol nascente da esperança e da Justiça que nos aquece e renova a cada dia num novo kairós.

Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, (na imagem do círculo concêntrico) à medida da estatura completa de Cristo… Efésios 4:13 

As casas de um lado representam os centros urbanos (prédios e moradias de alto valor) e de outro as periferias representadas pelas palafitas. Significam que a ação pastoral da igreja deve alcançar a todas as realidades com uma mensagem dinâmica em que a Boa Nova seja comunicada ao meio urbano e rural na mesma intensidade.

O Cajado (Báculo), atravessa o desenho formando uma cruz ao cruzar o horizonte, lembra que a Igreja conduzida pelo Bispo Pastor Diocesano, é um rebanho de fieis que buscam a unidade da fé em Cristo o Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas, e se colocam a disposição para o seguimento do mestre, assumindo com coragem suas cruzes e trabalham com zelo, colocando os seus talentos a serviço dos irmãos e irmãs para a construção do Reino de Deus.

 

 

O autor:

Manoel Nerys

Artista Sacro Visual

Agente Leigo da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré- Manacapuru/Am.



ÍCONE DE BETÂNIA A CASA DA ACOLHIDA

 


ICONOGRAFIA DA IMAGEM: BETANIA, A CASA DA ACOLHIDA



No dia 6 de setembro de 2021, a Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora de Aparecida, por meio da Irmã Carla Danielle Pofirio, me incumbiu de uma nobre e importante missão, elaborar uma arte que representasse a casa da Congregação aqui no Amazonas que elas chamam de BETÃNIA. Esta história bíblica do episódio de Jesus na casa de Marta conversando com Maria, irmã de Lazaro me causa um sentimento de muita comoção. Eu me lembro de como foi impactante pra mim um estudo na pastoral da Juventude sobre este texto. Um aspecto foi este que entre os discípulos, Jesus era o Mestre. Em Betânia, porém, era o amigo que partilhava com seus amigos. Lá, a alguns anos atrás, aprendi que todos nós, precisamos encontrar a nossa Betânia. Espaço para estar com os verdadeiros amigos, com aqueles que, sendo diferentes, possibilitam um lugar de acolhida, respeito, relacionamento em profundidade e abertura de coração. Entendo que as congregações como comunidades missionárias, são espaços privilegiados para serem Betânias, casas da amizade. Em Betânia cada pessoa pode, na diversidade, encontrar o seu espaço para a integração, construir sua identidade e apropriar-se da sua e da história dos outros.

O desenho, está construído sobre esta inspiração. Traz uma visão que remete às questões de integração conosco mesmos (nas irmãs Maria e Marta), com a comunidade (a imagem da casa com os personagens dentro) e com o universo/cosmo (no Cristo, na planta, no sol...).

1) A CASA

“... e ali passou a noite”. (Mateus 21,17). Betânia era um lugar (casa) de descanso e de refúgio. Todos precisamos ter “momentos” e “lugares” de recompor as forças e acarinhar a fé que vai brotando em nossa vida. De preferência, um lugar tranquilo e acolhedor, onde floresce amizade e afetividade. Silêncios, risadas, contemplações, vinho e pão, Peixe e farinha. Assim se compõe a figura dando uma aparência nos traços de uma casa.

A base do Desenho apresenta um espaço só, sobre o qual se desenrola todo o enredo: o locus é a Casa e nela estão representadas as quatro personagens, ou seja, Jesus e Maria, Marta ao fundo e Lázaro em segundo plano. Este espaço, porém, está diferenciado com os recursos: retas e semi retas, linhas e curvas, que inserem ou transferem para aquele lugar outro lugar, ou seja, a casa de Marta e Maria ou para as casas ribeirinhas. Elas encontram-se, na interpretação imagética, simultaneamente na casa em Betânia, onde acolheram Jesus (Lc 10,38-39), e na beira dos rios da Amazônia, onde Jesus se encontra conosco e onde a Congregação Das Irmãs CIFAS estão inseridas.

 

2- A CASA ESTÁ SOBRE A CANOA

Aqui temos elementos e atributos geográficos e teológicos como a imagem do Cristo com os pés na Canoa que nos remete a Lucas 5, 3: - Entrou num dos barcos, o que pertencia a Simão, e pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia. Então sentou-se, e do barco ensinava o povo. Aqui, o Divino Hóspede ensina Maria, com um pé na canoa e outro está na casa. Nos lembra que A Igreja com a presença do Mestre, tem estabilidade e segurança, mesmo que haja tempestades, porque leva consigo a presença confortante e dominadora do Filho de Deus o Divino Hóspede. À direita inferior, um remo que está ligado a canoa, remete a missão que depois de ouvir os ensinamentos do Mestre somos convidados a ir pelo mundo anunciando a boa notícia que recebemos de Cristo.

3- A ÁRVORE E AS AVES

Nos fundos, à esquerda superior, tem a figura de uma árvore;

Tudo está interligado e na nossas Betânias, a Vida deve ser assumida geopoliticamente: (geo) no cuidado com a Casa Comum e (política), no cuidado com os bens da Casa Comum representados pela árvore - flora e as aves - fauna amazônica. Juntos chegaremos mais longe sempre tecendo os caminhos do bem viver e do bem conviver com os outros e também com os bens da criação. A árvore sinal da fauna amazônica, está dentro do desenho da casa, isso significa que A Amazônia é fonte de vida no coração da Igreja. E a Igreja é fonte de Vida e esperança para os povos da Amazônia.

4- AS ÁGUAS AO FUNDO NA COR DE BARRO,

Traz presente as águas dos nossos caudalosos rios barrentos e negros. Que perpassam toda a vida do homem e da mulher ribeirinho, sendo uma força determinante em todas as dimensões do fazer cotidiano: determina o tempo de plantar e de colher, tempo de partir e chegar ou esperar.

5- O PANEIRO COM PEIXES NAS MÃOS DE MARTA,

Marta, assim como na Judéia, ou na Amazônia, traz nas mãos os utensílios de trabalhos que expressam sua vontade incessante de servir da melhor maneira possível o Divino hóspede, oferecendo-lhe o que tem de melhor na casa. A figura do paneiro traz presente todos os corações que se unem para garantir que ninguém passe necessidades na comunidade.

6- O VASO E A CUIA:

Foi em Betânia, na casa de Simão o leproso, durante uma refeição, que entrou na casa uma mulher, ungindo Jesus com um perfume precioso (Mc 14, 1ss), com escândalo dos presentes, também de Judas Iscariotes que saiu dali disposto a trair Jesus. O Vaso lembra o gesto sacerdotal de Maria que ungiu os pés do mestre com perfume.

7- AS TRÊS LAMPARINAS

À direita superior temos TRÊS LAMPARINAS que lembram As virtudes teologais: FÉ, ESPERANÇA E O AMOR, que segundo o CIC adaptam as faculdades do homem à participação na natureza divina (65). De fato, as virtudes teologais referem-se diretamente a Deus e dispõem os cristãos para viverem em relação com a Santíssima Trindade. Têm Deus Uno e Trino por origem, motivo e objeto.

8- OS TRAÇOS EM TONS DE AZUL NA MOLDURA DO DESENHO

Em tons de Azul que simbolizam o Divino, os traços que lembram grafismo indígena, estão na borda nos dois lados do desenho como uma moldura que retratasse que aquele acontecimento que fora registrado no livro sagrado em uma cultura totalmente diferente da nossa aqui na região Amazônica, e a mais de dois mil anos, agora se comunica com nossa cultura, aquela história nos acolhe como partícipes em nossa própria cultura e tempo e nos diz: nós, indígenas, caboclos ribeirinhos da Amazônia, negros e brancos somos todos Martas e Marias e sim, Betânia também é nossa casa. Somos todos irmãos em Betânia.

9- OS PERSONAGENS: JESUS, MARIA, MARTA E LÁZARO

Jesus está ensinando Maria (já com o atributo da auréola com a cruz purpúrea que remete à ressurreição);

No Evangelho de Lucas, o irmão de Marta e Maria, Lázaro, não é citado em nenhum momento. Mas o objetivo do evangelista é outro: mostrar a importância de servir e de se lançar aos pés de Jesus, aquele que nos trouxe a salvação. Aqui ele está na cena por este pertencer ao grupo dos anfitriões.

Marta representa uma pessoa ativa, que quer servir ao Mestre da melhor maneira possível. E Maria, sentada como que sobre o chão da casa onde está a canoa, é a representação do discípulo que ouve a palavra de Jesus, deixando-se atingir totalmente por ela. As duas maneiras de ser discípulo devem se conjugar, pois ambas as atitudes são necessárias: escutar e servir, como nos diz a inscrição em latim entre as ondas de cor pastel no desenho, que diz: ORA ET LABORA.


Por isso, o desenho convida para que irmãos e irmãs, sejam discípulos Marta e Maria. Pessoas que trabalham sem se cansar para a construção do Reino, alimentando-se diariamente da Palavra de Deus. Os ensinamentos de Jesus o Divino Hóspede, são as regras para nossa vida, sigamo-los!

Manacapuru 27 de outubro de 2021.

O Autor:

Manoel Nerys

Artista Sacro Visual

Manacapuru - Amazonas

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