Logo Manoel Nerys

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Marca das criações e trabalhos de Manoel Nerys

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

LOGO DA ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL 2021_ DIOCESE DE COARI AM.



LOGO DA VI ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL DA DIOCESE DE COARI AM.

Desenho da Logo da Assembleia da Diocese de Coari-2021 por Manoel Nerys



A Logo da VI Assembleia Diocesana de Pastoral da Diocese de Coari-Am, é inspirada no tema deste ano "Numa Igreja Sinodal, construindo juntos novos caminhos para a Evangelização". A Imagem traz ramos e folhas da fauna amazônica que fazem o pano de fundo para a figura do povoado da Diocese, indica que está estampado em nossa caminhada de fé o compromisso de cuidado com a casa comum, com os bens da criação.

Uma linha cruza no horizonte do desenho: é a linha imaginária que determina a altura dos olhos de um observador em relação à linha de terra. Quando ele preparava os céus, ali estava eu; quando traçou o horizonte na superfície do abismo (Provérbios 8,27). A Diocese, representada pela catedral de Coari ao centro ladeada pelas moradias, está diante do nosso olhar esperançoso de poder vislumbrar novos caminhos, com nossa força das igrejas particulares de cada paróquia, animadas pelo Espírito Santo, representadas pelas canoas, para uma evangelização mais dinâmica e liberta das amarras que a pandemia nos impôs.

As canoas estão ancoradas em frente a Catedral, simbolizando a convocação de uma Igreja Sinodal que reúne sua base para refletir a caminhada, ver a realidade juntos, discernir os rumos da sua ação pastoral e celebrar a vida como Igreja da Comunhão. “E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos.” (João 11:52)

As canoas também nos lembram as vocações que atenderam ao chamado do Senhor e se colocam a serviço da Igreja. Lembram o clero diocesano, as comunidades religiosas que ajudam na missão Evangelizadora de nossa Diocese.

O Sol e os Arabescos circular: Os formatos com desenhos geométricos contínuos em volta do desenho circularmantém a harmonia dos elementos a partir da natureza concêntrica que a transforma em um símbolo de unidade, eternidade, totalidade.

“Graças à ternura e misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente, que há de nos iluminar e dirigir os nossos passos no caminho da paz.” (Lucas 1,78-79)

A Catedral está no centro do círculo que surge na linha do horizonte, lembrando que a Igreja vive a cada novo dia a missão de irradiar a grande Luz que é o Cristo Sol nascente da esperança e da Justiça que nos aquece e renova a cada dia num novo kairós.

Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, (na imagem do círculo concêntrico) à medida da estatura completa de Cristo… Efésios 4:13 

As casas de um lado representam os centros urbanos (prédios e moradias de alto valor) e de outro as periferias representadas pelas palafitas. Significam que a ação pastoral da igreja deve alcançar a todas as realidades com uma mensagem dinâmica em que a Boa Nova seja comunicada ao meio urbano e rural na mesma intensidade.

O Cajado (Báculo), atravessa o desenho formando uma cruz ao cruzar o horizonte, lembra que a Igreja conduzida pelo Bispo Pastor Diocesano, é um rebanho de fieis que buscam a unidade da fé em Cristo o Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas, e se colocam a disposição para o seguimento do mestre, assumindo com coragem suas cruzes e trabalham com zelo, colocando os seus talentos a serviço dos irmãos e irmãs para a construção do Reino de Deus.

 

 

O autor:

Manoel Nerys

Artista Sacro Visual

Agente Leigo da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré- Manacapuru/Am.



ÍCONE DE BETÂNIA A CASA DA ACOLHIDA

 


ICONOGRAFIA DA IMAGEM: BETANIA, A CASA DA ACOLHIDA



No dia 6 de setembro de 2021, a Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora de Aparecida, por meio da Irmã Carla Danielle Pofirio, me incumbiu de uma nobre e importante missão, elaborar uma arte que representasse a casa da Congregação aqui no Amazonas que elas chamam de BETÃNIA. Esta história bíblica do episódio de Jesus na casa de Marta conversando com Maria, irmã de Lazaro me causa um sentimento de muita comoção. Eu me lembro de como foi impactante pra mim um estudo na pastoral da Juventude sobre este texto. Um aspecto foi este que entre os discípulos, Jesus era o Mestre. Em Betânia, porém, era o amigo que partilhava com seus amigos. Lá, a alguns anos atrás, aprendi que todos nós, precisamos encontrar a nossa Betânia. Espaço para estar com os verdadeiros amigos, com aqueles que, sendo diferentes, possibilitam um lugar de acolhida, respeito, relacionamento em profundidade e abertura de coração. Entendo que as congregações como comunidades missionárias, são espaços privilegiados para serem Betânias, casas da amizade. Em Betânia cada pessoa pode, na diversidade, encontrar o seu espaço para a integração, construir sua identidade e apropriar-se da sua e da história dos outros.

O desenho, está construído sobre esta inspiração. Traz uma visão que remete às questões de integração conosco mesmos (nas irmãs Maria e Marta), com a comunidade (a imagem da casa com os personagens dentro) e com o universo/cosmo (no Cristo, na planta, no sol...).

1) A CASA

“... e ali passou a noite”. (Mateus 21,17). Betânia era um lugar (casa) de descanso e de refúgio. Todos precisamos ter “momentos” e “lugares” de recompor as forças e acarinhar a fé que vai brotando em nossa vida. De preferência, um lugar tranquilo e acolhedor, onde floresce amizade e afetividade. Silêncios, risadas, contemplações, vinho e pão, Peixe e farinha. Assim se compõe a figura dando uma aparência nos traços de uma casa.

A base do Desenho apresenta um espaço só, sobre o qual se desenrola todo o enredo: o locus é a Casa e nela estão representadas as quatro personagens, ou seja, Jesus e Maria, Marta ao fundo e Lázaro em segundo plano. Este espaço, porém, está diferenciado com os recursos: retas e semi retas, linhas e curvas, que inserem ou transferem para aquele lugar outro lugar, ou seja, a casa de Marta e Maria ou para as casas ribeirinhas. Elas encontram-se, na interpretação imagética, simultaneamente na casa em Betânia, onde acolheram Jesus (Lc 10,38-39), e na beira dos rios da Amazônia, onde Jesus se encontra conosco e onde a Congregação Das Irmãs CIFAS estão inseridas.

 

2- A CASA ESTÁ SOBRE A CANOA

Aqui temos elementos e atributos geográficos e teológicos como a imagem do Cristo com os pés na Canoa que nos remete a Lucas 5, 3: - Entrou num dos barcos, o que pertencia a Simão, e pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia. Então sentou-se, e do barco ensinava o povo. Aqui, o Divino Hóspede ensina Maria, com um pé na canoa e outro está na casa. Nos lembra que A Igreja com a presença do Mestre, tem estabilidade e segurança, mesmo que haja tempestades, porque leva consigo a presença confortante e dominadora do Filho de Deus o Divino Hóspede. À direita inferior, um remo que está ligado a canoa, remete a missão que depois de ouvir os ensinamentos do Mestre somos convidados a ir pelo mundo anunciando a boa notícia que recebemos de Cristo.

3- A ÁRVORE E AS AVES

Nos fundos, à esquerda superior, tem a figura de uma árvore;

Tudo está interligado e na nossas Betânias, a Vida deve ser assumida geopoliticamente: (geo) no cuidado com a Casa Comum e (política), no cuidado com os bens da Casa Comum representados pela árvore - flora e as aves - fauna amazônica. Juntos chegaremos mais longe sempre tecendo os caminhos do bem viver e do bem conviver com os outros e também com os bens da criação. A árvore sinal da fauna amazônica, está dentro do desenho da casa, isso significa que A Amazônia é fonte de vida no coração da Igreja. E a Igreja é fonte de Vida e esperança para os povos da Amazônia.

4- AS ÁGUAS AO FUNDO NA COR DE BARRO,

Traz presente as águas dos nossos caudalosos rios barrentos e negros. Que perpassam toda a vida do homem e da mulher ribeirinho, sendo uma força determinante em todas as dimensões do fazer cotidiano: determina o tempo de plantar e de colher, tempo de partir e chegar ou esperar.

5- O PANEIRO COM PEIXES NAS MÃOS DE MARTA,

Marta, assim como na Judéia, ou na Amazônia, traz nas mãos os utensílios de trabalhos que expressam sua vontade incessante de servir da melhor maneira possível o Divino hóspede, oferecendo-lhe o que tem de melhor na casa. A figura do paneiro traz presente todos os corações que se unem para garantir que ninguém passe necessidades na comunidade.

6- O VASO E A CUIA:

Foi em Betânia, na casa de Simão o leproso, durante uma refeição, que entrou na casa uma mulher, ungindo Jesus com um perfume precioso (Mc 14, 1ss), com escândalo dos presentes, também de Judas Iscariotes que saiu dali disposto a trair Jesus. O Vaso lembra o gesto sacerdotal de Maria que ungiu os pés do mestre com perfume.

7- AS TRÊS LAMPARINAS

À direita superior temos TRÊS LAMPARINAS que lembram As virtudes teologais: FÉ, ESPERANÇA E O AMOR, que segundo o CIC adaptam as faculdades do homem à participação na natureza divina (65). De fato, as virtudes teologais referem-se diretamente a Deus e dispõem os cristãos para viverem em relação com a Santíssima Trindade. Têm Deus Uno e Trino por origem, motivo e objeto.

8- OS TRAÇOS EM TONS DE AZUL NA MOLDURA DO DESENHO

Em tons de Azul que simbolizam o Divino, os traços que lembram grafismo indígena, estão na borda nos dois lados do desenho como uma moldura que retratasse que aquele acontecimento que fora registrado no livro sagrado em uma cultura totalmente diferente da nossa aqui na região Amazônica, e a mais de dois mil anos, agora se comunica com nossa cultura, aquela história nos acolhe como partícipes em nossa própria cultura e tempo e nos diz: nós, indígenas, caboclos ribeirinhos da Amazônia, negros e brancos somos todos Martas e Marias e sim, Betânia também é nossa casa. Somos todos irmãos em Betânia.

9- OS PERSONAGENS: JESUS, MARIA, MARTA E LÁZARO

Jesus está ensinando Maria (já com o atributo da auréola com a cruz purpúrea que remete à ressurreição);

No Evangelho de Lucas, o irmão de Marta e Maria, Lázaro, não é citado em nenhum momento. Mas o objetivo do evangelista é outro: mostrar a importância de servir e de se lançar aos pés de Jesus, aquele que nos trouxe a salvação. Aqui ele está na cena por este pertencer ao grupo dos anfitriões.

Marta representa uma pessoa ativa, que quer servir ao Mestre da melhor maneira possível. E Maria, sentada como que sobre o chão da casa onde está a canoa, é a representação do discípulo que ouve a palavra de Jesus, deixando-se atingir totalmente por ela. As duas maneiras de ser discípulo devem se conjugar, pois ambas as atitudes são necessárias: escutar e servir, como nos diz a inscrição em latim entre as ondas de cor pastel no desenho, que diz: ORA ET LABORA.


Por isso, o desenho convida para que irmãos e irmãs, sejam discípulos Marta e Maria. Pessoas que trabalham sem se cansar para a construção do Reino, alimentando-se diariamente da Palavra de Deus. Os ensinamentos de Jesus o Divino Hóspede, são as regras para nossa vida, sigamo-los!

Manacapuru 27 de outubro de 2021.

O Autor:

Manoel Nerys

Artista Sacro Visual

Manacapuru - Amazonas

sábado, 10 de julho de 2021

ODJ PELO 7º DIA DA PÁSCOA DE VALDEIR FIGUEIREDO



OFICÍO DIVINO DA JUVENTUDE IN MEMÓRIA PELO 7º DIA DA PÁSCOA DO JOVEM VALDEIR FIGUEIREDO.

No dia 05 de junho de 2021 o jovem Valdeir Figueiredo, 28 anos, na madrugada daquele domingo nos deixou para entrar na gloria da eternidade. Um ataque fulminante no coração, repentinamente, ninguém acreditava que seria o fim de sua vida terrena.

Passados os sete dias, a Pastoral da Juventude organizou um roteiro de Oficio Divino para celebrar sua memória com sua família, num gesto de solidariedade à seus parentes e também num gesto de profundo carinho e amor fraterno, manifestamos o quanto era, é e será querido por todos que o conheciam na Pastoral da Juventude da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré em Manacapuru.

Acesse o link abaixo e baixe a versão em PDF para celular.

https://drive.google.com/file/d/1uWzhUaJSwIBUdntYRJ-Kb4b4CcaL6ed3/view?usp=sharing

quarta-feira, 5 de maio de 2021

EXPLICAÇÃO DA LOGO DA PSICÓLOGA CARLA DANIELLE, POR MANOEL NERYS


LOGO DA PSICOLOGA DANIELLE _DO ARTISTA MANOEL NERYS.


Logomarca da Psicóloga Danielle por Manoel Nerys. 


EXPLICAÇÃO DOS ELEMENTOS GRÁFICOS DO DESENHO.

Grafismo indígena do "X" Guarani

O GRAFISMO INDÍGENA: no centro do círculo num tom mais claro, desencadeada a partir da forma de um “X”, é um elemento preponderante no grafismo Guarani e, por ser espiritualmente importante, pois representa a constelação do Cruzeiro do Sul, ressaltando a questão de que para os Guaranis esta constelação era tida como um presente de Deus, e os guiavam em sua jornada para a terra sem males. O "X" e as três folhas verdes, são os caminhos do ser humano e da natureza, para os guaranis, esses se entrelaçam e, não podem viver sem estar juntos.

http://www.anpap.org.br/anais/2014/simposios/simp%C3%B3sio06/Budga%20Deroby%20Nhambiquara;%20Maria%20Antonia%20Benutti;%20Geralda%20Mendes%20Dalglish.pdf

Sol amarelo com arabesco indígena.

O CÍCULO AMARELO: representa à luz do sol, a iluminação, a sabedoria, a alegria, o intelecto e a diversão. É também relacionada com o ouro, a prosperidade e o sucesso. Transmite a sensação de dinamismo e estímulo. O Amarelo é considerada a cor do otimismo e da energia, segundo a psicologia das cores e está associada ao conforto e felicidade sensações que Danielle me transmite.


Símbolo da Psicologia com folhas, por Manoel Nerys.


"Ψ": Junto ao grafismo da simbologia do "X", o símbolo da psicologia o "Ψ" que também ganhou um estilo de traço indígena, e se assemelham a uma árvore de onde saem as folhas, representam as luzes que orientam a psicóloga na sua jornada em busca da terra sem males, mas essa terra é a própria alma humana, o ânimo espiritual.

Letreiro Danielle

O LETREIRO: segue o tom amarelo e traços de rabisco num movimento dinâmico e alegre formam o NOME da profissional que é única, Carla Danielle Pofirio.

Manoel Nerys

Artista Plástico, Músico, Cantor e Compositor

segunda-feira, 8 de março de 2021

ÍCONE DE SÃO JOSÉ AMAZÔNICO por MANOEL NERYS


Ícone de São José


Detalhe do Ícone de São José de Manoel Nerys



A iconografia é uma arte sagrada cujas origens remontam à era bizantina. Embora ela tenha tido um lugar importante para os cristãos católicos, há muito tempo são, sobretudo, os cristãos ortodoxos que preservaram esta tradição.

O ícone é a tradução visual da Palavra de Deus, o Evangelho em formas e cores. É o mistério de Deus que se revela, pelos olhos, para o coração.

O fundamento mesmo da iconografia é a encarnação de Deus. “Ninguém nunca viu Deus; é o Filho único, que está no seio do Pai, que o fez conhecer” (Jo 1, 18). “Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14, 9). Jesus, de fato, é o ícone vivo do Pai. Os santos encarnam a presença de Deus na terra e são seus traços espirituais que devem ser revelados num ícone. É por isso que os ícones, em nenhum tempo, são seu retrato. Há uma ausência de naturalismo, de realismo. (Cf. https://www.significados.com.br/iconografia/)

O que representam os símbolos do ícone de São José Amazônico?

A obra autoral de Manoel Nerys, foi feita em acrílico sobre tela, medindo 60 x 50cm, sob encomenda do Pe. Marino Nerys CSsR, por ocasião do ano de São José proclamado pelo Papa Francisco que declarou 2021 o ano josefino na Igreja. Esta imagem de São José tem um significado belo e profundo: mostra atributos como a paternidade, a pureza e a simplicidade, que José expressou durante Sua vida na terra.

1- O Menino Jesus no colo é um símbolo da paternidade de José. Significa o cuidado e a proteção de pai que ele, até os dias de hoje, dedica a todos nós através da Sua intercessão.

2- As mãos do Menino Jesus se apegam ao pescoço de São José, num gesto de confiança total de sua proteção paternal. 

3- As vetes das figuras têm raios sobre elas, porque José por sua obediência  e fidelidade, entra na Glória de Deus e irradia Sua Santidade.

4- A túnica branca do Menino Jesus simboliza sua santidade, as vestes brancas do Cordeiro sem manchas. Os detalhes em dourado com arabescos indígenas remetem à origem divina de Jesus. 

5- A mão esquerda de são José segura um casal do rolas: nos lembra o episódio do templo "Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos – como está ordenado na Lei do Senhor" (Lc 2, 24). Evidencia a situação de humildade e simplicidade da condição social da família que se identifica com o estilo e condição social da maioria dos lares amazônicos.

6- O lírio: simbolizam a pureza do coração de São José e de Cristo; também a vitória do Castíssimo Coração sobre o mundo e sobre o pecado. 

7- Todas as cores têm uma ou várias significações. Por exemplo, o vermelho dos letreiros representa o Espírito Santo; O manto marrom: representa a humildade, pois essa é a cor da terra, do chão. 

8- Os tons de Amarelo: o ícone se caracteriza pela ausência de sombra e a onipresença da luz; o ouro representado nos tons amarelo significa a luz divina, e os clareamentos nas vestes e na pele: a humanidade se impregnando da divindade.

9- A estrela de seis pontas: Lembra a descendência de Davi. segundo a tradição da religião judaica, os soldados de Davi levavam em seus escudos o desenho da estrela. Isso simbolizava a proteção divina contra o mal.

10- A videira, com suas ramas e folhagem traz uma referência da arvore de Jessé.  Isaías 11:1-3: "Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará."

11- O vaso e a cuia: Utensílios domésticos, encontrados em todas as casas ribeirinhas tradicionais, os vasos de barro, foram citados inúmeras vezes na bíblia. O vaso não é apenas receptor, mas recipiente. Ele recebe, guarda, conserva e entrega no tempo certo. Representam aqui, a disponibilidade de José em receber a palavra do Senhor em seu coração. A bíblia nos compara aos vasos de barro, ela nos exorta à humildade. O próprio termo "humildade" vem de "humus", palavra latina que significa "barro". Como José, que cada um de nós veja a si mesmo de forma simples, sabendo que estamos nas mãos de Deus, dependentes da sua misericórdia. "De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra." (II Tm.2,21).

12- O serrote e o martelo: Instrumentos que identificam, segundo a tradição, a profissão de São josé, a qual Cristo teria trabalhado ajudando seu pai adotivo.

13- Os elementos da região amazônica: canoa e remo, o peixe jaraqui, a vitória régia, o encontro das águas nos tons azul escuro e pastel claro, o mureru florido na enchente dos rios, O ícone segue o caminho valioso da inculturação da espiritualidade cristã com as culturas dos povos nativos da Amazônia, nele se unem o divino(Cristo) e o cósmico(elementos da natureza), a graça e a criação. Esses elementos trazem a palavra "o verbo se fez carne e habitou entre nós", Cristo palavra viva e José homem comum, gente do povo, Pai ribeirinho, como se fossem um de nós. Eles habitam nossa existência, convivem conosco e nos acompanham em nossos caminhos de rios e florestas, nas casas, das cidades e vilarejos amazônicos. (Cf. Querida Amazonia 81-82) e (Laudato si' 235-236)

14- O rosto de José e do Cristo curumim: No mistério da Encarnação, o Senhor quis chegar ao nosso íntimo armando sua tenda entre nós e uniu o céu e a terra, assim o rosto de José e do Cristo curumim, com traços caboclo, nos faz contemplar o rosto dos ribeirinhos guardiões da criação, contemplamos o céu, sem negarmos a natureza, no desejo de querer encontrar com Deus. (Laudato si' 235)

15- Ao fundo, acima dos ombros de São José, os tons em amarelo se juntam ao verde oliva claro, formando uma figura geométrica que remetem a estrutura de uma casa popular. Lembram que São José é o protetor e patrono das famílias. A sua figura, portanto, é exemplar, evidencia o Papa, num mundo que “precisa de pais e rejeita os dominadores”, rejeita quem confunde “autoridade com autoritarismo, serviço com servilismo, confronto com opressão, caridade com assistencialismo, força com destruição”. São José, rogai por nós!

Ícone de São José Amazônico
Ícone de São José Amazônico Foto: Arquivo pessoal

O ícone ganhou uma estrutura para exposição na capela nos momentos de devoção.



Entrega da obra ao Pe. Marino Nerys CSsR


Manoel Nerys no momento de conclusão da obra, em 04 de Março de 2021. 

domingo, 28 de fevereiro de 2021

Celebração em Família 2º Domingo da Quaresma NSPS.

Ambientação para celebração em Família (casa de Manoel Nerys) 2021.

 Olá meu caro leitor. Fico feliz com sua visita aqui novamente. 

Você está acessando um Roteiro adaptado da Celebração em Família da CNBB para este 2⁰ Domingo da Quaresma, dia 28 de fevereiro de 2021, uma proposta da Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do Biribiri, Paróquia Nossa Senhora de Nazaré em Manacapuru- Diocese de Coari AM. Você terá a opção de baixar em duas versões uma para celular e outra para impressão.


Bom Domingo do Senhor!

Clique no link abaixo e baixe o PDF.

Documento para Celular:

https://drive.google.com/file/d/1CTZlbT4khHJfHdYfn2xW1-JyGgJ5xBdx/view?usp=sharing

Documento para impressão:

https://drive.google.com/file/d/1tpICfkvhzWzYem83CVth-FE7rgPftbz3/view?usp=sharing

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Celebração em Família do 1º Domingo da Quaresma 2021


Olá meu caro leitor. Fico feliz com sua visita aqui neste espaço. 
Você está acessando um Roteiro adaptado da Celebração em Família da CNBB para este 1⁰ Domingo da Quaresma, dia 21 de fevereiro de 2021, uma proposta da Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do Biribiri, Paróquia Nossa Senhora de Nazaré em Manacapuru- Diocese de Coari AM. 


Bom Domingo do Senhor!

Clique no link abaixo e baixe o PDF.



https://drive.google.com/file/d/11Q7kQAsjPs_aHhjyNJQM9yWKZtfKGFeB/view?usp=drivesdk

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Ofício Divino da Juventude para tempos de Pandemia.


A Pastoral da Juventude da Paroquia Nossa Senhora de Nazaré em Manacapuru, na Diocese de Coari, divulgou um Subsídio de Celebração em modelo de Ofício Divino das Comunidades para a Juventude, com orações e preces direcionadas para o momento de pandemia em o mundo todo está vivendo. Além de cantos próprios da Juventude, o Roteiro traz ainda a oração do Papa Francisco pelo ano dedicado a São José. O roteiro foi pensado e elaborado para ser celebrado aos domingos em casa, devido o isolamento social em que o povo todo do Amazonas precisa manter, por causa do grande número de mortos e infectados em nosso estado.

Você pode acessar e baixar o Subsídio em PDF clicando no link abaixo.


https://drive.google.com/file/d/1sHpiTN5YZQYd5aBnMSkGjUATdnyy2TvH/view?usp=drivesdk





quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

A maior escola de Liderança da Igreja: PJ

 A MAIOR ESCOLA DE FORMAÇÃO


Manaus: janeiro de 2015. O atual bispo de Imperatriz/MA, Dom Vilsom Basso - então pastor de Caxias, no mesmo estado - impactou as seiscentas pessoas que lotavam o auditório do Colégio La Salle. Disse ele, durante sua participação na mesa de abertura do Encontro Nacional da Pastoral da Juventude, que a "a PJ é a maior escola de formação de lideranças da Igreja do Brasil".


A frase, obviamente, foi muito divulgada e celebrada pelas/os pejoteiras/os. Especialmente naquele momento, quando acontecimentos e mudanças estruturais no modelo de evangelização das juventudes causavam muita angústia e dúvidas nos grupos de jovens de todo país.


Passados seis anos desse momento, repenso e reflito caminhos posteriores e as marcas deixadas. Em outra ocasião, também pela PJ, rezamos que não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos (At 4, 20). Eu vi, ouvi, vivi. Por isso escrevo.


No crepúsculo juvenil percebo que os crachás no fundo da gaveta deixam de ser amontoado para assumirem, cada vez mais, o perfume da sacralidade. Não ganhamos diplomas na PJ. E nem deveríamos. Mas aprendemos. E muito.


Penso o quanto cada marca pejoteira acompanha a mim e a tantos e tantas jovens Brasil afora. Os métodos internalizados repercutem no jeito de organizar, falar, produzir e construir. O círculo, internalizado no nosso ethos pejoteiro contínuo, nos faz cirandar em universidades, fábricas, comércios, campos de luta, governos, movimentos. Aprendemos a criar o espaço da escuta.


Ao falar, mesmo nas dificuldades, treinamos a desobstrução da timidez. Somos forjados ao discurso. Provocados ao debate. Não há pejoteira/o que não aprenda a desenrolar sua voz. Gente que aprendeu a gritar com os excluídos, a cantar com os desvalidos e a entoar seus gritos reprimidos das adolescências às juventudes.


Na liturgia, a técnica da organização. Na reza, a delicadeza na ornamentação. Na novena, a dinâmica de grupo. Na comunidade, a liderança.


Nas escolas, a ciranda com as crianças. Nas dinâmicas de entrevistas de emprego, a consciência crítica. Nas reuniões, a praticidade. Entendam: pejoteira/o AMA reunião. Até nos prolongamos demais nelas. Porém, é INACREDITÁVEL o quanto o resto do mundo parece não ter método algum pra fazer reunião. Sem VER-JULGAR-AGIR, o pejoteiro/a sofre - e sofre muito.


No dia a dia, a proatividade. Pega e faz. Coordena. Divide funções. Articula. Conversa. Dialoga. Os verbos correm nas veias de quem, algum dia, fez parte de alguma equipe de encontro, GT ou coordenação.


Esse olhar, do labor às poéticas práticas, nasce da experiência protagonista e insolente. Sim! Fomos forjados na insolência. Rompemos barreiras quando o lugar do jovem era o fundo da fila ou a figuração. Os/as assessores/as, cúmplices, mantiveram o distanciamento necessário para criar as cobras. No bom sentido, claro. Assim, tivemos os grandes professores que a vida podia nos dar. Às vezes, a técnica era só dar corda, deixar fluir. Sensíveis, sabiam que acompanhavam sonhos passíveis de se tornarem realidade.


É por isso que gostamos de chamar Jesus de Mestre, tal qual faziam os discípulos. Há um clamor professoral numa Pastoral profundamente pedagógica.


Para finalizar, portanto, relembro do Mestre Hilário Dick. Um assessor que tanto falou sobre estudar para aprender. No último encontro que tive com ele, fiz uma relativa caminhada pelo quarteirão da sua casa. Amparei aquele que, por décadas, amparou tantas/os jovens com sua insolência profética. Ele parecia querer me lembrar que toda caminhada é feita no companheirismo. Ninguém anda sozinho. Só se chega a algum lugar com a companhia do que sonha junto. A caminhada de Hilário terminaria pouco depois. De alguma forma - e para todo sempre - ele estará conosco. Mas, antes de ir, me lembrou de continuar aprendendo. E ensinando. Professor que foi, lecionou até o fim, mesmo nos pequenos grandes gestos.


Nós saímos dos grupos de jovens. Deixamos espaços. Mas a PJ nos corta, traspassa. E, quase sem perceber, replicamos aquilo que foi a maior escola da vida.


Deixando o justificado ufanismo de lado, é bom relembrar a frase de Dom Vilsom. É bom olhar pra vida, pra lida e pra história e confirmar: aprendemos, crescemos, voamos.


E a vida minha gente, é isso: uma escola de eternos aprendizes. Talvez isso seja um pouco daquilo que tanto chamamos de formação integral. Esse jeito de construir nossas humanidades de modo contínuo, integrado e completo. Jeito de ser e fazer como um dia lera em algum dos tantos materiais...


Eu, como tantos, fui feliz. E nem toda gratidão do mundo pode dar conta disso. Ainda bem...


VINI B GOMES

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

IGREJA CATÓLICA FAZ DOAÇÃO DE CILINDROS DE OXIGÊNIO PARA O HOSPITAL DE MANACAPURU.

Foram entregues, hoje (26), ao Hospital de Campanha de Manacapuru, 15 cilindros de oxigênio, pelas mãos do Diácono Francisco da Arquidiocese de Manaus, em nome dos Bispos do Regional Norte 1 da CNBB. 
Esses, vieram de um montante de 101 cilindros de oxigênio que foram recebidos pela equipe que coordenação da "Campanha de Solidariedade com o Amazonas e Roraima". Começaram a serem distribuídos nos municípios do Amazonas desde segunda feira. O Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está sendo uma das instituições que está coordenando um trabalho de captação de recursos. A Campanha “Amazonas e Roraima contam com sua solidariedade” está ajudando a captar recursos no Brasil todo.

Doações à Manacapuru. 

Pe. Inácio Raposo CSsR, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré em Manacapuru, comunicou nesta terça feira pelas redes sociais da Paróquia "que nesta manhã de 26/01/21 foi entregue ao Hospital de Campanha de Manacapuru 15 cilindros de oxigênio. A entrega foi executada pelo Diácono Francisco, em nome dos Bispos do Reginoal Norte 1 da CNBB. No ato da entrega não nos foi possível a presença do Secretário Municipal de Saúde, por estar envolvido em tantas atividades do socorro necessário as vítimas da pandemia em nosso município. As notícias dos Óbitos em 24hs somaram 09, segundo Boletins diários da Covid19 em Manacapuru.
Imagens do Facebook.
Contudo, mais uma boa notícia para a comunidade manacapuruense foi dada nesta manhã, quinze altas médicas do hospital de campanha em Manacapuru foram anunciadas. Sigamos na solidariedade e nas recomendações de cuidado com a saúde de todos.

BIOGRAFIA, VIDA E OBRA DE MANOEL NERYS DE ALMEIDA

VIDA E OBRA DE MANOEL NERYS DE ALMEIDA    Origem No dia 24 de maio do ano 1976, nasce Manoel Nerys de Almeida, no município de Tapauá no Rio...